terça-feira, 23 de outubro de 2012

FETRAF Brasil ocupa Ministério da Fazenda

FETRAF Brasil ocupa Ministério da Fazenda Com 400 agricultores familiares, a FETRAF-BRASIL ocupou às 6h15 da manhã o Ministério da Fazenda. A ação é motivada pelo descaso do governo federal no processo de negociação na VIII Jornada Nacional de Lutas da Agricultura Familiar COMUNICADO À IMPRENSA: DESCASO DO GOVERNO FEDERAL GERA INDGNAÇÃO NOS AGRICULTORES FAMILIARES O tratamento do governo federal aos trabalhadores da agricultura familiar durante o processo da Jornada Nacional de Lutas da FETRAF-BRASIL causa indignação na categoria. Nas negociações iniciadas na primeira semana de maio, nada de concreto às reivindicações foram apresentadas e os ministérios de centro do governo como Planejamento, Casa Civil e Fazenda nem o compromisso de atender aos trabalhadores em audiências cumpriram. Este ano, a FETRAF-BRASIL apresentou e propôs ao governo nova metodologia a ser desenvolvida durante o período de negociação. Desde março a entidade já dialogava com representantes das pastas de governo sobre a importância das reuniões ocorreram de forma integrada com ministérios de áreas afins. Divididas em blocos as audiências ocorreriam com a participação de todos os atores para solucionar problemas, tais como, a estiagem no Sul e no Nordeste; o acesso à terra; a reformulação na política de crédito necessária para que os brasileiros possam continuar a se alimentar com a agricultura familiar tendo condição para produzir, assistência técnica, etc. Entretanto, apenas discursos que induziam nossa categoria a se conformar com os avanços obtidos nos últimos anos no que se refere às políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar, fomento à organização produtiva, aumento de crédito, entre outros, foram entoados neste processo. Se o Brasil é referência no âmbito da segurança alimentar e nutricional pelo desenvolvimento de políticas intersetoriais, os movimentos sociais representativos dos trabalhadores na agricultura familiar e a agricultura familiar em si, como atividade econômica, são corresponsáveis por isso. Em todos os espaços, nacionais e internacionais, o governo brasileiro afirma e diz reconhecer o papel estratégico da agricultura familiar, tanto como modelo de produção a ser desenvolvido, quanto por seu potencial produtivo, mas na prática isso não passa de discurso. À indústria, o governo federal concede um pacote de medidas que inclui exonerações e diminuição de impostos para exportadores e uma redução de até 20% das contribuições patronais sobre salários, por um valor estimado de R$ 7,2 bi por ano; um plano de compras governamentais que favorecerá a aquisição de produtos nacionais até 25% mais caros que os importados, em setores como máquinas de construção e medicamentos, sendo R$ 2 bi de estímulo. E, uma capitalização do Banco de Desenvolvimento, (BNDES), de R$ 45 bi, para assegurar a capacidade de financiamento à indústria e os exportadores. Mas e à agricultura familiar? Porque essa diferenciação com o setor responsável por 70% dos produtos que alimentam a população. Garantir o alimento na mesa dos brasileiros não é tão importante quanto assegurar lucros para outros setores? Os agricultores familiares do Brasil estão indignados. Nesta semana, milhares de agricultores familiares de todo o Brasil realizam mobilizações. Os estados do Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco cobram respostas dos governos estadual e federal. Em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, agricultores familiares estão mobilizados para exigir respeito e medidas efetivas para os trabalhadores do campo. FETRAF-Brasil FONTE: FETRAF Brasil

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